Relata a tradição, que Maria era uma adolescente de 14 anos, quando foi visitada por um anjo, em sua própria casa. Fico imaginando uma de nossas adolescentes, talvez fazendo o dever de casa, e, de repente, um ser celestial aparece em sua frente!!! Que susto e que medo!!! O que faria a nossa adolescente? Correria, gritando pela mãe, desmaiaria ou sairia para a rua apavorada? É bem provavel!!! Se elas correm até de barata… Como seria essa anjo Gabriel? Teria duas asas bem grandes, cobertas de penas brancas, como vemos nas imagens e gravuras? Eu não creio nisso!!!

E como reagiu a virgem Maria? Fico pensando no auto domínio perfeito daquela menina, que ficou sim, muito perturbada com a aparição, mas, não gritou, nem correu e muito menos fugiu. Apenas ficou pensando o significado da saudação angelical: “Alegra-te muito, favorecida, o Senhor é contigo”!!!

O anjo Gabriel lhe disse: “Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus”. Talvez, na linguagem de hoje falaria: “Maria, não tenha medo, Deus está derramando muita graça sobre você, porque a escolheu dentre todas as mulheres da Terra para conceber um filho, a quem você vai chamar de Jesus. Ele será grande e será chamado de filho do Altíssimo. Ele reinará sobre a Casa de Jacó e o seu reinado não terá fim”. Maria, lúcida e extremamente equilibrada nas suas emoções redarguiu;

_Como será isso? eu sou virgem e ainda não tive relações sexuais com meu noivo!

“Descerá sobre você o Espirito Santo e o poder do Altíssimo a envolverá com a sua sombra, por isso a criança santa que há de nascer será chamado o Filho de Deus.” Talvez a nossa adolescente teria retrucado, muito nervosa, dizendo:

_Ah! Mas, eu não quero isso de forma alguma. Eu amo meu noivo, estou de casamento marcado! Ele não vai acreditar nessa história fantástica e vai me abandonar; vai ser um escândalo na minha família… O que vão dizer de mim? Não tenho estrutura para aguentar isso, não estou preparada!!! É demais para mim, isso é uma LOUCURA!!!

A Maria de Nazaré disse, simplesmente: “eis quei a serva do Senhor, que se cumpra em mim conforme a tua palavra”! Maria não demonstrou nenhuma preocupação com o que iriam falar dela, mesmo sabendo que correria o grande risco de ser apedrejada até a morte, pois essa era a pena para o crime de adultério. (Hoje o adultério não é mais considerado crime, mas, naquela época era crime passível a pena de morte por apedrejamento). Maria simplismente disse; “seja feita a vontade de Deus”!

Fico pensando na extraordinária personalidade dessa jovenzinha, cheia da Graça de Deus, bem aventurada entre as mulheres, que foi escolhida por Deus para uma missão tão especial! Na sua simplicidade e incrível humildade Maria s declara “serva do Senhor.” Também em seu magnífico Cântico ela diz: “meu espirito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou a humildade de sua serva.” Ela própria, com seus lábios, declarou que era necessitada de um Salvador. Que maravilha!!!

A vida de Maria sempre foi de obediência e absoluta submissão à vontade de Deus, o Altíssimo. Quando Jesus iniciou seu ministério na terra, exatamente nas bodas de Caná de Galiléia, Maria, a mãe, achegou-se ao Filho, muito preocupada, porque havia acabado o vinho e, segundo os costumes da época, isso era vergonha para os anfitriões. Ao que, imediatamente, respondeu ao Senhor: “mulher, o que tenho eu contigo? Ainda não chegou minha hora.” Neste exato momento, a relação “mãe e filho” estava encerrada. Agora, Jesus iria agir como Messias enviado da parte de Deus para cumprir a gloriosa missão de ser o Salvador de Mundo. Maria compreendeu claramente aquele momento e disse aos serventes: “faça tudo o que Ele mandar.”

A Igreja Católica Romana, perdeu a visão original e, com o passar do tempo, implantou doutrinas e dogmas que estão longe da verdade biblíca. Maria é apresentada aos católicos como “co-salvadora” dos homens. É ensinado nos catecismos que ela é “medianeira”tanto quanto Jesus. No enteanto, a Biblía declara na Carta de Paulo a Timóteo, capítulo 2:5: “porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, HOMEM.”

Pergunto-lhe, caro leitor: Maria morreu na Cruz para nos salvar? Maria ressuscitou? O túmulo de Maria está vazio? Maria operou milagres e maravilhas? Maria teve sua ascensão ao Céu, como Jesus, visível a todo olho nu?

Respondo-lhe: Não! A mãe de Jesus não teve uma missão salvadora. Ela foi e continua sendo uma mulher bem aventurada, cheia da Graça de Deus, escolhida e eleita pelo Pai para ser a mãe do Filho de Deus. Ela precisou ser ensinada no Evangelho, precisou estar com os discípulos orando e aguardando a descida do Espiríto de Deus. Não tem nenhum relato bíblico de que Maria recebeu “ministério”, após a ascensão de Jesus. Ao contrário, ainda na cruz, Jesus recomendou a João, o discípulo amado, que cuidasse de sua mãe e a recebesse, como mãe, em sua casa. A vida de Maria, até a sua morte foi vida reclusa de oração, abençoando tantos quanto dela precisassem. Ela, portanto, não é a “Rainha dos Céus”, nem deve ser saudada como tal, antes, ela também espera a volta de Jesus para ser arrebatada com Ele, com os santos profetas, apóstolos e os demais que morreram na esperança de um Salvador, juntamente com a Sua Igreja viva, espelhada na face da Terra. Somente Jesus está assentado à destra do Pai, como nosso Advogado e Mediador, intercedendo sempre por nós.

Lamentavelmente os homens a idolatraram, fazendo-a DEUSA e essa nunca foi a sua intenção e muito menos a do Pai. A Trindade santa é o Pai, o Filho e o Espiríto Santo, três pessoas num único Deus. Ela não pode rogar por nós, nem agora e nem na hora de nossa morte; e não adianta ninguém “rezar” terços e terços para ir para o Céu, porque a salvação não vem por obras e sim pelo sacrifício e o sangue de Jesus derramado na Cruz em favor de todos os homens. “…o Pai deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” 1Tim. 2:4

Leia a Bíblia, frequente a Igreja que ensine a sã doutrina e a Palavra pura de Deus. A IEB está com as portas abertas para acolhe-lo(a), a fim de que você possa ouvir e meditar na preciosa Palavra de Deus, a Verdade, que permanece para sempre. Deus o abençoe ricamente.

Pra. Aline Castejón Mattar